Tens ideia do quanto controlado podes ser?
Já muito se falou, e com a sua razão, que o concurso das faturas é para obter informação do que se faz e por onde se faz. Sim, é possível saber tudo sobre uma pessoa e não é só com as faturas, é com tudo que se passa em cima de redes informáticas. Juntando tudo numa base de dados e depois com um bom cruzamento de dados, tudo é possível.
Queres que te diga com quem foste jantar no sábado à noite? Onde foram, o que comeram e ainda se pagaste ou dividiram a conta. Onde foram depois beber um copo. Dá para saber isso e até se foram juntos para casa ou se correu mal e foi um para cada lado.
Não estou a brincar, hoje em dia, seja para efeitos profissionais, sociais ou até políticos dá para saber tudo, sobre todos, ninguém está a salvo. Exato, nem os nossos avos, mesmo com eles a usarem o telemóvel apenas para telefonar e o MB para levantar dinheiro.
Mas o nível de “controlo” já chegou ao carrinho de compras, o que levas do supermercado já é usado por exemplo nas campanhas políticas. É verdade, se comes mais marca branca ou marca premium. Quantos de nós usam telemóvel básico ou smartphone. Que tipo de carro e se foi adquirido a pronto ou a crédito.
Com informação disponível nas redes sociais, facilmente se estabelece o perfil de alguém ou de grupo, saber se a pessoa é otimista, educada, organizada, se mantém a serenidade sob pressão. Mas também se está sempre a dizer mal de tudo e todos ou se é inocente ao ponto de achar que marca automóvel vai oferecer topo de gama apenas por colocar “like” numa página. Não fazes nada disso? Mas e pesquisas no Google? Até essas entram na equação, ou achas que é coincidência a publicidade ser de acordo com o que andaste a pesquisar nos últimos dias!? Pois é, como disse, junta-se todo numa base de dados, e temos a capacidade de criar a receita certa a oferecer aos eleitores. Nem mais, as campanhas passaram a ser feitas também com espionagem informática. Mas não podes reclamar, é tudo legal, é, quase tudo, dados que estão à solta na internet (redes sociais, fotografias, listas de compras ou comentários em blogs) para saber como, onde e para quem deverem fazer campanha eleitoral.
Até tu próprio fazes isso, para decidir se aceitas ou se bloqueias alguém das redes sociais que frequentas. Por exemplo, se a pessoa em questão partilha “tretas” ao nível de "saiba o q foi na outra vida", "saiba o q os outros pensam de si pela foto de perfil", "saiba o q diz o ultimo algarismo do seu nº de telemóvel" vais aceitar?. Eu pessoalmente não tenho paciência nenhuma para isso e também porque nunca se sabe quando um potencial empregador não vai analisar o que tens na rede. Já dizia o ditado “diz-me com quem te dás, direi como és…”, não faltava mais nada ser associado a pessoas com neurónios ainda no nível "escola primária", que perdem tempo com aplicações que só chateiam e não servem para nada exceto tornar a rede mais lenta.