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Há Lobo no Cais

“Tenho dois amores e um nunca vai mudar”

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 Vamos ter mais um dérbi e com isso chegam as “normais” picardias, ataques e insultos entre os adeptos das duas equipas. Pessoalmente não o acho muito normal, cada um tem o seu clube, e se como assumimos é a sua paixão, não se devia ter olhos para outro! Sim, que uma pessoa apaixonada só tem olhos para a fonte responsável por tal estado. Como é possível alguém dizer “Tenho dois amores e um nunca vai mudar” e depois perder tempo a ver o que se passa, a falar, a gozar com o clube de outros? Então o nosso não é o maior? Então qual a relevância que pode ter algo que achamos inferior? A mim, nenhuma! Mas devo ser um “anormal”, um ser diferente num mundo em que se quer o mal dos outros antes do nosso bem.

Futebol é um desporto, como tal deve ser uma disputa e não uma guerra. Tens adversários, não tens inimigos! Eu tenho o meu clube e o meu é o maior, e por ele tenho aquela certeza que nunca vai mudar. Como se costuma dizer, “mudo de mulher, partido, mudo tudo, nunca mudarei de clube”. No entanto, após tal declaração de amor, digo que sou o primeiro a falar mal quando acho que o devo fazer ou a gozar com situações, jogadores ou presidente. É o meu clube, está no meu direito. Agora não o faço com o do adversário, posso discutir jogadas, táticas, azares e até desejar sorte nas competições europeias (que Portugal precisa de pontos), mas para por ai, como já o disse, o meu clube é o maior, chega-me. Serei um romântico do desporto? Possivelmente, gosto de uma boa disputa, de ver darem o litro, darem até o que não têm para vencer e se no fim não der para ganhar ter ao menos o sentimento de orgulho nos nossos, pois lutou-se bravamente. Lá está, é pelo oposto que me irrito, insulto e não os acho dignos de usar tal símbolo ao peito. Mercenários de um raio a brincarem com o meu amor.

Digam-me uma coisa, qual o verdadeiro adepto que não concorda que a sua equipa não precisava de jogadores, que se a cada jogo se chamasse 11 valentes da bancada. 1º o estádio estava sempre cheio e depois nenhuma outra equipa iria correr tanto como eles, quem mais que nós iriam “comer a relva”, daria até a ultima gota de “sangue, suor e lagrima” e que até no ultimo segundo iria lutar pela vitória?

Mas vem ai mais um dérbi e tudo o que disse parece mais fantasia que realidade. No entanto o sonho comanda a vida e se hoje somos poucos não importa, ainda somos suficientes para ir ver a bola. Mantendo a superstição do posicionamento entre nós enquanto se puxa pela equipa, como quem diz berrar para a TV do café, ou para o balcão, para o empregado ouvir que são preciso mais umas minis para dar força até ao apito final. Sim que a convicção continua a ser que a nossa equipa vai ganhar por 15-0.

 

Nota – Também se morde outras coisas no facebook, curiosos?

 

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