Calma, não as estou a chamar de gordas. Estou a falar em termos de objetos, coisas, tretas e trapos. Já sei, já sei, tudo útil, tudo necessário, se faltar uma só é o fim do mundo e se houver homem por perto, ele que procure um abrigo anti-aéreo.
Mas como eu gosto de contrariar com base em factos, vamos lá analisar a situação.
O que realmente sei, é que as mulheres vestem-se para “guerrear” entre elas, nunca para os homens. Logo, tal pergunta, nunca vai ter resposta. No entanto, se no lugar da palavra “vestir”, estivesse “despir”, ai já era toda uma outra conversa. Mas isso é algo mais a dois e não para exposição pública.
Agora, voltando ao vestir, alguém consegue ter argumentos para contrariar o apresentado nas anteriores linhas? Quem nunca esteve perto de um grupo, de mulheres, em que o tema era, “vamos dizer mal da roupa de quem aqui não está…”, ou “aquela roupa ficava bem era em mim, mas naquele corpo, parece que vestiu um saco de batatas…”, ou pior ainda “ela vem trabalhar assim? Ou vem de trabalhar na noite...”. Se o evento for um casamento, esta conversa é certinha e garantida. Não andaram, tempo infinitos, à procura do vestido para depois não tratarem de rebaixar todos os outros.
Está um belo tempo de merda (desculpem a linguagem técnica), não é peixe nem carne, nem aquece, nem arrefece.
Mas ainda assim, certas situações que se vêm na rua, dá-me alguma vontade de rir. Já repararem na confusão que este tempo faz no vestuário das pessoas?
Se estiverem atente nos próximos dias, vão-se aperceber de coisas como, no mesmo grupo haver quem ande de botas, pronto a enfrentar a neve e quem ande de sandálias ou mesmo chinelo, como que a dizer vamos ali à praia. Quem esteja a morrer de calor com a sua t-shirt e quem se sinta na Sibéria de casaco de penas e cachecol.
Escrevo este texto depois de ter, ontem no café, assistido à entrada de uma miúda, bonita, corte de cabelo certo, tudo no sítio e bem vestida… acompanhada por um guna, que nunca tirou o boné da cabeça e um estilo “fato de treino para ir ao híper ao domingo”.
O comentário geral foi, “não combina”, “ele deve ser rico… ou ela cega…”.
Mas ficou-me na cabeça, que, no mundo dito mais normal, seria aconselhável estar minimamente apresentável. Pode ser a diferença entre fazer uma primeira boa impressão (mesmo que única) e ela só querer fugir!