Meninos fazem asneiras... porque os pais são uns merdas!
Coitadinhos dos meninos que foram mandados embora de Espanha. É que realmente não têm culpa da merda que fizeram, a culpa é dos senhores seus progenitores que souberam dar a queca, mas não apresentam capacidades cognitivas para os educar. Mas não pensem que o problema são só estes, olhem que é uma coisa bem mais generalizada.
Será verdade o que dizem? Que nos dias de hoje, a maioria dos progenitores, na mesma hora em que a criança é parida ficam estúpidos!? Assim justifica-se a diminuição dos que arriscam ter filhos!
E então como se tem vindo a educar as crianças que acabam a fazer merda nas férias da Páscoa… e no resto do ano.
Desde pequeninos que os ditos meninos não podem sair da nossa beira porque os meninos não podem estar sozinhos. Nisso os pais têm razão, sabem as abéculas que estão a criar.
Claro que depois os meninos vão para a escola e eles são os primeiros a concordar que os mesmos não podem ficar no recreio a brincar quando os professores faltam. Terem aulas de substituição, apoio ou que caralho for é muito melhor do que os ter a conviver num ambiente minimamente controlado. E isso faz-lhes falta, ou vocês não aprenderem, cresceram e libertaram energias em excesso quando tinham uns furos!? Mas já se sabe, se os meninos ficassem no recreio a jogar à bola e se por acaso se magoassem, o que seria da escola!
Depois os meninos não se podem sujar ou magoar - os pais nunca se perdoariam (onde já se viu as crianças aprenderem a cair e levantar-se! que se baterem com a testa na parede magoam-se!). Os meninos andam a saltar dos pais para os avós e para a escola e para o inglês e para a música e para o futebol e para tudo que lhes tire o tempo... Porque os meninos têm de estar sempre ocupados e nunca sozinhos, ainda aprendiam a fazer algo com o tempo livre, a serem responsáveis.
Os meninos, coitadinhos, são muito novos para terem responsabilidades, muito novos para pensarem, muito novos para assumirem erros. Porque os meninos não têm culpa de nada; se se portam mal, a culpa é da educação que recebem na escola. Sim, na escola, que é o sítio onde eles devem ser educados. Onde já se viu a educação ser em casa. Os meninos não comem sopa e verduras porque não gostam e os paizinhos pedem pizza. Os meninos saem da mesa quando lhes apetece e passam o tempo livre entre smartphones, tablets e computadores e ainda bem, para não incomodar a conversa dos adultos. Os paizinhos ficam felizes e contentes, se é para chatear alguém que façam isso com os professores.
Vivemos num tempo em que os meninos querem, os meninos têm. Não vá o menino chorar, ficar triste, quem sabe até traumatizado. Já dizia o vendedor da língua da sogra na praia “Chora chora que a mamã dá…” que não há meninos burros, arruaceiros, nem medricas, nem preguiçosos, nem tímidos, nem distraídos, nem mal-educados, nem maus, nem... Nada disso. Os meninos são todos bons (os melhores) e muito inteligentes. E quando corre algo mal a culpa não é deles, é dos progenitores que assim os moldaram. Mas estes vão dizer que a culpa é de terceiros, seja a escola, a sociedade ou mesmo do Trump.
Os meninos estão demasiados anos a viver em cima de uma série de premissas erradas, acreditam que o mundo é como com os pais, que estão ali para servir os pequenos reis. Acreditam que o mundo é como na escola, o menino não aprende ou não se comporta, a culpa é do professor e que esse vai ter de arranjar maneira de o passar. Castigos ou consequências não existem, nada que possa traumatizar a criança.
Claro que um dia as coisas tinham de correr mal, e descobrem que não se faz o que se quer sem consequências, quando se é adulto não se vive como criança (Trump só há um). Pensavam que podiam fazer tudo o que lhes apetecesse, mas afinal parece que não. Ninguém lhes tinha dito.
Mas antes na viagem de finalistas do que já no mundo de trabalho. Que os patrões não vão preocupar-se se o menino fica traumatizado, se o menino não está habituado ou se o menino em casa é rei. Ali ou trabalha, comporta-se e é um homem, ou leva um chuto no cú. Sim, Cú esse que passou demasiados anos sem levar umas sapatadas.