Mãe, só há uma… e ainda bem.
Claro que não existe melhor mãe que a minha, mas também acredito que todos digam a mesma coisa. No entanto quem queria ter a respetiva em dose dupla? Pois é, uma é bom duas seria suicídio.
Melhor ou pior, as mães fazem tudo para o nosso bem, incluindo o serem “chatas”, “sargentos”, “insistentes” e uma série de outros apelidos que lhes são aplicados.
O GRANDE problema é que não sabe quando desligar, se é algo que tem toda a lógica do mundo em criança, adolescente, pré-adulto, deixa de o ser em adulto. Eu sei, é mais forte do que elas, mas e onde fica a nossa sanidade mental?
Vamos lá ver se é só a minha que faz isto:
Comida – “come mais um bocadinho, ou vais dizer que a comida que EU fiz não está boa?”, passas a semana sozinho e não passas fome, mas se te sentas na mesa dela, deixas de saber a quantidade necessária para te satisfazer se a quantidade estiver abaixo do “travessa rapada”.
Roupa – “achas que essas t-shirts são para a tua idade?, só compras sapatilhas?”, penso que é a única situação onde reconhecem que já não somos crianças, quando não aparecemos vestidos como elas idealizam como adequando. A minha sempre que pode insiste em dizer que me oferece uns sapatos bonitos. Mas neste tema, gasta sola e não chega a lugar nenhum.
Sair – “não entendo o que andam a fazer na rua até tão tarde…”, dizer que vais estar com os amigos, socializar, beber um copo não serve de justificação, “isso podem fazer mais cedo…”. Para mim a resposta com mais sucesso é “mãe, porque é que não vens comigo e já ficas a saber?”.
Casar- afinal existe um outro ponto em que nos acham crescidos, “já estavas em idade de assentar. Isso e dar-me um neto, as minhas amigas já têm todas…”, eu pessoalmente tenho o habito de ignorar, no máximo relembrar a senhora que “mãezinha, ainda ontem dizias que parecia ter 14 anos, não achas demasiado cedo para casar?”.
Podia continuar a apontar situações, mas o serem a Dona stressada, irritada, impaciente e muitas outras, é que fez de nós pessoas capazes. Inclusive há um estudo que as defende dizendo que são as mães “chatas” que fazem os filhos crescerem de forma a serem os mais bem-sucedidos profissionalmente. Mas a esta altura do campeonato acho q é algo que devemos esquecer de lhes contar ou vamos passar a ouvir “eu sempre tive razão…”.