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Há Lobo no Cais

Existem histórias melhores que de gafes, nossas, pelo mundo?

Qual a parte mais interessante do ir de férias, do conhecer países e culturas diferentes? Não, não é o conhecer coisas, não é a companhia que levamos, não é viver situações nem sequer o estar longe do trabalho. Na minha opinião é mesmo o juntar os amigos após as férias, sejam as minhas, as nossas ou as deles e compartilhar histórias, azares, gafes e dar boas risadas.

Claro que é bom evitar as gafes, principalmente em países “difíceis”, ou pelo menos, não as viver directamente na pele, o velho ditado “pimenta no rabo dos outros, é refresco”. Dessas noites de conversa e risadas sobre as nossas “aventuras” pelo mundo, lembro-me de umas quantas que acho interessante partilhar.

Conheço uma certa senhora, que tem a mania, de sempre que está cansada, para esticar as costas, coloca a mão na anca. O problema é que foi de lua-de-mel para Bali na Indonésia, onde tal posição é considerada gesto de desafio, convite ao confronto. Sim, a senhora (trato-a assim por ser casada) num dos dias, vinda da praia, ao chegar ao hotel foi pedir informações e inconscientemente fez esse gesto, tendo sido brindada com um “mas Sra., que lhe fiz para me querer bater?”. Depois dos esclarecimentos, pedidos de desculpa e alerta para não fazer na rua, o Sr. marido dela (a culpa é dele que escolheu o destino) passou a andar sempre de mão dada com ela, não fosse descer-lhe a posição de peixeira e ele acabar com olho negro.

Sabem aquele nosso costume, de cumprimentar dando também palmadinhas nas costas? Não façam isso com um alemão! A Situação contada deu para rir, ele é que levou um empurrão e ouviu um “tira a mão… a tua namorada sabe disso?”. Mais umas risadas, mais umas explicações e de cerveja na mão vieram com a conclusão que os alemães são assim pro tacanhos. Mais que um aperto de mãos é demasiada intimidade para eles.

 

Já foram à Turquia? Cuidado, muito cuidado com o nosso tão característico sinal de “OK”, pode correr muito mal. Sim, colocar o polegar para cima dá grande confusão. A sorte foi que quem fez o “OK” foi uma menina em direcção de um homem. Por lá isso quer dizer que estás a fazer um convite para encontro homossexual. Como foi mulher para homem e não havia nenhum homem no grupo o turco não se chateou, até foi bem europeu, entendeu e alertou para as consequências de ser feito por homem. Na Turquia, as mãos não saem do bolso.

 

“Ai e tal que vamos para o Egipto, que tem bom tempo, está a bom preço é também há o que ver.” Tudo verdade, como também foi verdade que os meninos armados em espertos, como tinham calor e os pés suados, toca a tirar os mesmos para fora das sapatilhas e esticar as pernas para cima das cadeiras da frente na esplanada. Asneira da grossa, naquela zona mostrar a sola dos pés é uma afronta, uma falta de respeito, pelo que foram brindados com uns quantos insultos e foram mandado embora. Lá foram matar a sede pro hotel e descobrir o motivo de os terem despachado da esplanada. Já viram a vossa sorte, se fossem de chinelos de praia, tinham levado com eles.

 

Porque não conto nenhuma minha? Calma, eu sei que deixei a minha para o fim, a ver se passa despercebida. Londres, pelas ruas do Soho, a conhecer a zona boémia… de bar em bar a conhecer as histórias. “vais buscar cerveja? Pede duas.”, segues para o balcão em L, foges da parte pequena do L, era só gajos carecas com ar de estivadores e segues para a outra zona. Preparas os dois dedos em V para pedir as cervejas. Uma mão puxa-te o braço e diz-te “Não faças isso, ou queres levar porrada?, aqui é pior que te levantarem dedo do meio” Querem a explicação, tem a ver com guerras entra franceses e ingleses, em que esses dois dedos eram cortados aos prisioneiros (arqueiros). Calma que ainda não acabou, tínhamos sido levados a conhecer um famoso bar gay, iam bater-me e gostar…

 

Nota – Também se morde outras coisas no facebook, curiosos?