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Há Lobo no Cais

Diz-me de que cor ficas, dir-te-ei que sol apanhas!

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 Todos sabemos que existe uma grande variedade de peles quando expostas ao sol. Sabemos também que com a chegada do verão uma grande quantidade de pessoas fica estúpida e quer à força toda ficar morena. Não sabem quando apanhar sol, como apanhar sol ou sequer o que é um moreno. Vamos lá ver os tipos de animais que temos nas praias e que são motivo de umas boas gargalhadas (se quando estiveres na praia não conseguires identificar algum deles, existe a probabilidade de seres tu!):

 

Marisco, ou mais comummente, camarão, conhecidos por todos nós como aqueles palermas de pele branca que insistem apanhar “só um bocadinho” de sol e saem da praia adeptos do Benfica. Desses não tenho pena, a lição chega-lhe na hora de dormir. Claro que não o vão conseguir, exceto se forem dotados da capacidade de dormir em pé. Claro que se forem ingleses vão todos felizes e contentes como o “moreno” à moda deles e como atacam forte no nosso vinho e cerveja, dormem mesmo assim e acabam as férias a dizer “para o ano volto outra vez”.
Os tatuados, aquelas artistas que gostam tanto do mesmo biquíni que se esquecem que depois da praia ainda existe vida e andam depois todas contentes a mostrar os riscos brancos no corpo. Mas engraçada é de ver quando o tamanho do biquíni a meio do verão fica mais pequeno. Tirando o ridículo e a probabilidade dessas partes picarem do topo marisco, os olhos até acham piada. Depois aqui existe ainda os artistas que apanham sol, normalmente barrigudos, que beberam mais dois copos ao almoço, a dormir com a mão, os óculos ou outra coisa em cima da barriga, ficam com tatuagem no mínimo diferente.

Zombies, aquele “drogados”, que só vêm praia e sol, saem quais zombies em direção à praia e por lá ficam o dia todo, retornam a casa com aquele cérebro cozido de tanto sol, dormem e repetem o ritual no dia seguinte. Com o passar do tempo vai notar-se que além do cérebro, também o corpo está a entrada em decomposição. Sim começam a esfolar, mas nada os para nestas caminhadas em direção à praia e a uma morte lenta.

Frango, são os especialistas no moreno, qual franguinho da guia vão rodando de X em X tempo para apanhar a cor uniforme. Claro que se divertem muito pouco, é um trabalho exigente e a tempo inteiro. Para além de controlarem o tempo de cada lado, é preciso ainda estar sempre a por protetor intercalado com bronzeador. Se vão ao mar ai é que é um ai jesus, descontrola-se o tempo de viragem, se o protetor está ou não activo, raios, um dia de trabalho perdido.

Aspirinas, aqui faço reparo que existem dois tipos. O que são da cor da aspirina, brancos devido à t-shirt que nunca tiram e de tanto creme que têm na cara e corpo. Do ponto de vista de saúde são os mais inteligentes, mas cor é coisa que não vão ganhar. Existe ainda o que são brancos pelo facto de passarem as férias a dormir durante o dia. Vivem acordados de noite, bares, discotecas e after-hours. Sendo que  o único sol que apanham é o das 6h…7h da manhã a caminho da cama e esse não queima. Claro que estes precisam mais de anti-ressacas do que de protectos de sol.

Mas atenção, mesmo para as pessoas normais, é preciso estar atento, para fugir da hora do cancro e dominar o uso de protector solar é preciso alguma disciplina, senso comum e dinheiro que ir para debaixo dos guarda-sol da esplanada usufruir do serviço de mesa de copo na mesa e jornal na mão. Principalmente as meninas jeitosas devem ainda ter um pouco de habilidade manual. Desconfiem dos especialistas em colocar o protetor. Não se iludam com o facto de isso poder significar que têm umas pernas e rabo decente. Estes “Zezé Camarinha” estão interessados em passar a mão e os olhos e não em espalhar o protector como deve ser.

 

 

 Nota – Também se morde outras coisas no facebook, curiosos?