cenas da vida
Não me chamem nomes, mas há situações em que é impossível não ouvir as conversas da mesa ao lado. Pior ainda, ouvir e não fazer comentários mentais a essas conversas.
Quando são teenagers, com vozes estridentes, não há mesa num raio de 50m que não as ouça. Ficas entre a vontade de rir e a vontade de lá ir dar uns abanões. Entre o “esta juventude está perdida” e o “jesus, quanta inocência”.
Para começar, quem lhe explica que na idade delas, o miúdo quer tudo menos casar, vai por mim que já fui miúdo. Com probabilidade de 99%, o miúdo quer “aprender/ensinar” umas coisas e seguir para a próxima aula.
Aaah, já agora, menina que está junto à janela, escusa de sonhar que o “bad boy” vai mudar, não pelos teus lindos olhos nem por ninguém. Mas isso, acho que é algo que nem as grandes aprenderam. Experimenta um “boy” diferente, pode ser que assim acabes por encontrar o certo.
Também dispensamos ouvir conversas sobre sutiãs, tops e etc, misturado com risinhos e selfies. É que na nossa mesa estava-se a tentar ter uma conversa séria sobre o Jesus e o seu lateral gordo de estimação.