Amor, irreal e lógico!?
O problema, não é os homens serem de Marte, e as mulheres de Vénus. A questão é que o Amor, é algo que não existe de forma permanente. O nosso caminho pauta-se por decisões racionais. Acordar, comer, trabalhar, comprar comida, ir passear o cão, beber uma cerveja, sexo… e muitas outras coisas que se vão repetindo, umas mais que outras, ao longo da vida.
Amor, amor não é mais que momentos irreais que aparecem no meio desta realidade que é a vida. Amor, amor é mais uma alucinação, doideira, os momentos em que se está a viver uma irrealidade.
Só que quando menos se espera, o Amor ataca, ganha força, rebenta barreiras e lá vai ele tomado de coragem, enfrentar os moinhos de vento desta vida e declara-se em voz alta… Nesse momento, voltas à realidade e reparas que estás na beira de uma falésia. Mais, não podes dar passo atrás, o amor é a maior ousadia da vida. É arrogante, ignora a morte à espreita, empurra-te, provoca-te.
Mas acontece? Não sabes, o que a outra pessoa te disser, fará de ti mergulhador olímpico, e darás duas piruetas encarpadas, de sorriso na cara, antes de entrar na água, ou apenas um naco de carne que se vai rebentar nas rochas.
Amar é dar conta de que estamos vivos, mesmo que não aconteça. Mas quando acontece, acordar cedo não dói e deitar tarde é viver. É um exercito imbatível que derrota pessimistas, mal-amados e arautos da desgraça. É um sol que cega os descrentes da felicidade.
Mas não se esqueçam, amar é desobedecer à lógica da vida, do mundo cão do cada um por si, eu e tu não existe mais. Nós, queremos o todo que é mais que a soma das partes!
Num dia destes, no meio da solidão que é a vida, tu escolheste ou tu foste escolhido… aconteceu e os dois deram o mesmo e juntos seguiram. Contra as probabilidades que a vida dá, arriscar construir, trabalhar para algo melhor, hoje. Amanhã, amanhã é querer trabalhar para que seja um novo hoje. Amar não é só gostar, é trabalhar.
Amar é escolher viver. Viver, não é mais que por aqui andar até novamente ter-se direito a mais uma vez amar.